quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Haddad vê falha no modelo do Enem e sugere que nota seja válida por 2 anos


Em audiência a comissão do Senado, ministro da Educação reconhece que magnitude do exame o torna vulnerável a problemas e defende aplicação de prova no mesmo ano para dar nova chance de avaliação.

Após duas edições marcadas por uma série de problemas – vazamento da prova, falhas na encadernação, cabeçalho trocado, batalhas jurídicas –, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu ontem que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja aplicado mais de uma vez por ano e admitiu ampliar a validade do exame para dois anos. “A saída adequada e já planejada é que se realizem mais edições do Enem por ano. Isso vai mitigar, se não a totalidade, a quase totalidade dos problemas que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela organização da prova enfrenta com falhas às vezes humanas, às vezes ocorrências que não estão sob a sua responsabilidade”, disse. “É possível e desejável que haja mais de uma edição por ano do Enem.”

Na opinião do ministro, a aplicação de outra prova permitiria que o estudante se inscrevesse e fosse avaliado mais de uma vez – além disso, os exames poderiam ser diluídos em datas distantes entre si. “Se ele (estudante) participa de uma (prova) e não se dá bem, participa de outra. Em caso de abstenção, tem no seu horizonte uma nova oportunidade.” Nos EUA, disse, aplica-se o SAT (equivalente ao Enem) sete vezes durante o ano.

Fonte: O estado de SP/16/11/2010/ Rafael Moraes Moura/ BRASÍLIA

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