domingo, 14 de julho de 2013

CONTEÚDOS PARA O 3º BIMESTRE - Ensino Fundamental (anos finais) - 6º, 7º, 8º 9º ano (8ª série)

Operações com Frações - 6º ano

 Adição, subtração, multiplicação e divisão 


Para operarmos frações, devemos saber muito bem os processos de MMC e MDC,  pois usamos o MMC para igualar o denominador de duas frações ou mais frações, e o MDC para simplificarmos a fração. 

Um resumo no caso de soma e subtração com denominadores diferentes:

  • Achar o MMC ( Mínimo Múltiplo Comum) dos DENOMINADORES ;
  • O denominador da fração nova será o MMC por isso, vai ser necessário você saber o número que multiplicado pelo denominador resulta no MMC, por exemplo no caso de duas frações: 1/4 + 2/3 o MMC de 4 e 3 é 12. Qual o número que multiplicado por 4 ( denominador da 1º fração) resulta em 12? Isso mesmo, 3! (se demorou para pensar, tá precisando recorrer a tabuada).  Então multiplicamos o numerador e o denominador da 1° fração por 3, obtendo 3/12. Agora fazemos o mesmo para 2/3: Qual número que multiplicado por 3, resulta em 12? A resposta é 4. Então multiplicamos o numerador e o denominador da nossa segunda fração por 4, obtendo a fração: 8/12. Ou então você pode pegar o MMC e dividir  pelo denominador, o RESULTADO, você multiplica pelo denominador e numerador.  No exemplo acima, a fração 1/4 pegamos o MMC que é 12, dividimos por 4, ( 12: 4 = 3), multiplicamos o denominador e o numerador por 3, resultando em 3/12.  Faça o mesmo para 2/3 e chegará na  fração 8/12.
  • Agora que temos os denominadores iguais, basta efetuar nossa operação: 3/12+ 8/12=  11/12.

O processo de subtração de fração é o mesmo. Só que no caso subtrai-se. Segue o exemplo abaixo:


  • MULTIPLICAÇÃO:



A multiplicação de frações é feita em linha reta: NUMERADOR X NUMERADOR  e DENOMINADOR X DENOMINADOR.


  • O de cima multiplica pelo de cima e o debaixo pelo debaixo
  •  A simplificação ocorre de modo a ver quais são os divisores comuns dos números. No exemplo acima usei 2 e 6, e o 7 e 21, mas poderia ter usado 21 e 6, que resultaria em 21:3= 7, 6:3=2. 
  • REPARE QUE O NÚMERO 3 É UM DIVISOR COMUM DE AMBOS OS NÚMEROS (21 E 3) Dessa forma teríamos: 2/7 * 7/2, cortando os termos iguais, chegaríamos no resultado, que é 1.



  • DIVISÃO:


Para a efetuar a divisão da fração, é necessário inverter a ordem  da SEGUNDA fração, passando o debaixo para cima, e o de cima para baixo e depois multiplicar.



Equação do 1º Grau com um incógnita - 7º ano

 

Utilizamos uma equação para calcular o valor de um termo desconhecido que será representado por uma letra, cuja representação mais usual se dá por x, y e z. As equações possuem sinais operatórios como, adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação e igualdade. O sinal de igualdade divide a equação em dois membros, os quais são compostos de elementos constituídos por dois tipos: 

Elemento de valor constante: representado por valores numéricos. 
Elemento de valor variável: representado pela união de números e letras. 

Observe exemplos de equações do 1º grau com uma incógnita: 

x + 1 = 6
2x + 7 = 18
4x + 1 = 3x – 9
10x + 60 = 12x + 52 

Para resolver uma equação, precisamos conhecer algumas técnicas matemáticas. Vamos, por meio de resoluções comentadas, demonstrar essas técnicas. 

Exemplo 1

4x + 2 = 8 – 2x 

Em uma equação, devemos separar os elementos variáveis dos elementos constantes. Para isso, vamos colocar os elementos semelhantes em lados diferentes do sinal de igualdade, invertendo o sinal dos termos que mudarem de lado. Veja: 

4x + 2x = 8 – 2 

Agora aplicamos as operações indicadas entre os termos semelhantes. 

6x = 6 

O coeficiente numérico da letra x do 1º membro deve passar para o outro lado, dividindo o elemento pertencente ao 2º membro da equação. Observe: 

x = 6 / 6 
x = 1 

Portanto, o valor de x que satisfaz à equação é igual a 1. A verificação pode ser feita substituindo o valor de x na equação, observe: 

4x + 2 = 8 – 2x 
4 * 1 + 2 = 8 – 2 * 1 
4 + 2 = 8 – 2 
6 = 6 → sentença verdadeira 
Todas as equações, de uma forma geral, podem ser resolvidas dessa maneira. 

Exemplo 2: 

10x – 9 = 21 + 2x + 3x 
10x – 2x – 3x = 21 + 9 
10x – 5x = 30 
5x = 30 
x = 30/5 
x = 6 

Verificando: 

10x – 9 = 21 + 2x + 3x 
10 * 6 – 9 = 21 + 2 * 6 + 3 * 6 
60 – 9 = 21 + 12 + 18 
51 = 51 → sentença verdadeira 

O valor numérico de x que satisfaz à equação é 6. 

Exemplo 3: 

3x – 2x + 10 = 10 + 5x – 40 
3x – 2x – 5x = 10 – 40 – 10 
3x – 7x = –40 
– 4x = – 40 

Nos casos em que a parte da variável se encontra negativa, precisamos multiplicar os membros por –1. 

– 4x = – 40 * (–1) 
4x = 40 
x = 40/4 
x = 10 

Verificando: 
3x – 2x + 10 = 10 + 5x – 40 
3 * 10 – 2 * 10 + 10 = 10 + 5 * 10 – 40 
30 – 20 + 10 = 10 + 50 – 40 
20 = 20 → sentença verdadeira 

Exemplo 4: 

10 – (8x – 2) = 5x + 2(– 4x + 1) → aplicar a propriedade distributiva da multiplicação 
10 – 8x + 2 = 5x – 8x + 2 
– 8x – 5x + 8x = + 2 – 10 – 2 
– 13x + 8x = – 10 
– 5x = – 10 * (–1) 
5x = 10 
x = 10/5 
x = 2 

Verificando: 

10 – (8x – 2) = 5x + 2(– 4x + 1) 
10 – (8 * 2 – 2) = 5 * 2 + 2(– 4 * 2 + 1) 
10 – (16 – 2) = 10 + 2(–8 + 1) 
10 – (14) = 10 + 2(–7) 
10 – 14 = 10 – 14 
– 4 = – 4 → sentença verdadeira

Sistemas de equações  do 1º Grau - 8º ano


Método da Substituição

Duas equações de 1º grau, com duas incógnitas formam um "sistema de equações". O método da substituição é um dos mais recomendáveis para resolvê-lo.


Imagine uma classe com 36 alunos em que o número de meninos seja 3 vezes maior do que o de meninas.



Em primeiro lugar, é preciso tentar equacionar o problema. Suponha que x seja o número de meninos e que y seja o número de meninas. O total, você já sabe, é 36. Portanto:

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Mas o número de meninos é 3 vezes o das meninas, ou seja:

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Você tem, então, duas equações que formam um sistema:

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Como se sabe o valor de x, é possível substituir esse valor na primeira equação. Veja:

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A primeira equação, então, fica assim:

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Somando-se os termos em y:

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O que eram duas equações e duas incógnitas virou uma só!


Para resolvê-la é só realizar a seguinte operação:

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Com isso, conclui-se que o número de meninas é 9, mas e o número de meninos?


De volta à segunda equação:

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Resposta: Há 27 meninos e 9 meninas nesta classe.



Função do 2º Grau - 9º ano



Toda função estabelecida pela lei de formação f(x) = ax² + bx + c, com a, b e c números reais e a ≠ 0, é denominada função do 2º grau. Generalizando temos:


As funções do 2º grau possuem diversas aplicações no cotidiano, principalmente em situações relacionadas à Física envolvendo movimento uniformemente variado, lançamento oblíquo, etc.; na Biologia, estudando o processo de fotossíntese das plantas; na Administração e Contabilidade relacionando as funções custo, receita e lucro; e na Engenharia Civil presente nas diversas construções.


A representação geométrica de uma função do 2º grau é dada por uma parábola, que de acordo com o sinal do coeficiente a pode ter concavidade voltada para cima ou para baixo.

As raízes de uma função do 2º grau são os pontos onde a parábola intercepta o eixo x. Dada a função f(x) = ax² + bx + c, se f(x) = 0, obtemos uma equação do 2º grau, ax² + bx + c = 0, dependendo do valor do discriminante ? (delta), podemos ter as seguintes situações gráficas:

? > 0, a equação possui duas raízes reais e diferentes. A parábola intercepta o eixo x em dois pontos distintos.


? = 0, a equação possui apenas uma raiz real. A parábola intercepta o eixo x em um único ponto.

? < 0, a equação não possui raízes reais. A parábola não intercepta o eixo x.


Gráfico da função do 2º Grau - 9º ano


A função do 2º grau dada pela expressão matemática y = ax² + bx + c com a ≠ 0, possui como representação gráfica uma parábola com concavidade voltada para cima, quando a > 0; ou concavidade voltada para baixo, quando a < 0. 

O gráfico da função do 2º grau é construído no plano de coordenadas cartesianas, atribuindo valores a x e encontrando os valores correspondentes a y. Os números encontrados são denominados pares ordenados (x, y), e ao serem unidos formam a parábola representativa da função do 2º grau. 

Veja dois exemplos de construção de gráficos de funções do 2º grau, um com concavidade voltada para cima e outro com concavidade voltada para baixo. 


y = x² – 2x (a > 0) 

Observe a tabela com os valores de x e y, onde os números de x podem ser escolhidos aleatoriamente, os quais são substituídos um a um na função, encontrando os valores correspondentes a y.



Fonte: Brasil Escola - Aprendendo Matemática - 

sábado, 28 de julho de 2012

DINÂMICA - 1° ANO DO ENSINO MÉDIO - FÍSICA

LEIS DE NEWTON

No estudo do movimento, a cinemática, propõe-se descrevê-lo sem se preocupar com as suas causas. Quando nos preocupamos com as causas do movimento, estamos entrando em uma área da mecânica conhecida como dinâmica.

Da dinâmica, temos três leis em que todo o estudo do movimento pode ser resumido. Essas leis são conhecidas como as leis de Newton, conforme já vimos um post sobre Issac Newton no blog.

  • Primeira lei de Newton - a lei da inércia
  • Segunda lei de Newton - o princípio fundamental da dinâmica
  • Terceira lei de Newton - a lei da ação e reação

    A primeira lei de Newton descreve o que ocorre com os corpos que estão em equilíbrio. A segunda lei explica o que ocorre quando não há o equilíbrio, e a terceira lei mostra como é o comportamento das forças quando temos dois corpos interagindo entre si.

    Para o entendimento dessas leis, é necessário conhecer alguns conceitos físicos muito importantes, como força e equilíbrio.

    Observe a sua situação nesse exato momento: provavelmente você está sentado em uma cadeira lendo esse texto. Nesse momento existem forças agindo sobre você: elas vêm da cadeira, do chão e de algum outro objeto em que esteja encostado. Observe que, mesmo com a existência dessas forças, você continua parado. Isso ocorre porque elas estão se cancelando. Podemos dizer, portanto, que você se encontra em equilíbrio.

    O repouso não é a única situação de equilíbrio possível. Imagine-se de pé em um ônibus em movimento: se ele acelerar, frear ou fizer uma curva, você pode acabar se desequilibrando e caindo. Mas existe um caso que, mesmo com o ônibus em movimento, não haverá perigo nenhum de você cair. Isso acontecerá caso o ônibus execute um movimento retilíneo e uniforme (em outras palavras, quando ele se movimenta em linha reta e com velocidade constante). Nessa situação, podemos dizer que o ônibus está em equilíbrio.

    Os dois casos exemplificados anteriormente ilustram situações de corpos em equilíbrio. O primeiro mostra o equilíbrio dos corpos em repouso, que é conhecido como equilíbrio estático. O segundo mostra o equilíbrio dos corpos em movimento, que é conhecido como equilíbrio dinâmico. Nos dois casos temos algo em comum que define a situação de equilíbrio, e esse algo em comum é o fato de que todas as forças que estão atuando estarem se anulando. Portanto:

    O equilíbrio ocorre em toda a situação em que as forças atuantes em determinado corpo se cancelam.

    A primeira lei de Newton - a lei da inércia

    Na natureza, todos os corpos apresentam certa resistência a alterações no seu estado de equilíbrio, seja ele estático ou dinâmico. Imagine que você tenha que chutar duas bolas no chão: uma de vôlei e uma de boliche. É claro que a bola de vôlei será chutada com mais facilidade que a de boliche, que apresenta uma maior resistência para sair do lugar. maior tendência em se manter em equilíbrio, ou ainda, apresenta uma maior inércia. Define-se inércia como uma resistência natural dos corpos a alterações no estado de equilíbrio.

    A primeira lei de Newton trata dos corpos em equilíbrio e pode ser enunciada da seguinte forma:

    Quando as forças atuantes em um corpo se anulam, ele permanecerá em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.

    Um objeto que repousa sobre sua mesa, por exemplo, está em equilíbrio estático, e tende a ficar permanecer nessa situação indefinidamente. No caso dos corpos em movimento, podemos imaginar um carro em movimento que freia bruscamente. Os passageiros serão lançado para frente porque tendem a continuar em movimento.

    Força Resultante

    No nosso cotidiano, é impossível encontrar um corpo sobre o qual não existam forças atuando - só o fato de vivermos na Terra já nos submete à força da gravidade. Muitas vezes essas forças se anulam, o que resulta em equilíbro. Em outros casos, a resultante das forças que atuam sobre um corpo é diferente de zero. Quando isso ocorre, o resultado dessas forças é definido como força resultante.

    A determinação de uma força resultante não é algo simples, já que se trata de uma grandeza vetorial. Isso quer dizer que uma força é definida por uma intensidade, uma direção e um sentido. Como a força se trata de uma grandeza vetorial, não podemos determinar a força resultante utilizando a álgebra com que estamos acostumados. É preciso conhecer um processo matemático chamado de soma vetorial.

    A seguir, estão ilustrados os casos mais conhecidos para a determinação da força resultante de duas forças aplicadas em um corpo.

    Caso 1 - Forças com mesma direção e sentido.

  • Caso 2 - Forças perpendiculares
    Caso 3 - Forças com mesma direção e sentidos opostos.
    Caso 4 - Caso Geral - Com base na lei dos Cossenos

    A Segunda lei de Newton

    Quando diversas forças atuam em um corpo e elas não se anulam, é porque existe uma força resultante. E como se comporta um corpo que está sob a ação de uma força resultante? A resposta foi dada por Newton na sua segunda lei do movimento. Ele nos ensinou que, nessas situações, o corpo irá sofrer uma aceleração. Força resultante e aceleração são duas grandezas físicas intimamente ligadas.

    A segunda lei de Newton também nos mostra como força e aceleração se relacionam: essas duas grandezas são diretamente proporcionais. Isso quer dizer que, se aumentarmos a força, a aceleração irá aumentar na mesma proporção. A relação de proporção entre força e aceleração é mostrada a seguir.

    Onde é o símbolo de proporção. Para que possamos trocar a proporção por uma igualdade, precisamos inserir na equação acima uma constante de proporcionalidade. Essa constante é a massa do corpo em que é aplicada a força resultante. Por isso, a segunda lei de Newton é representada matematicamente pela fórmula:
    A segunda lei de Newton também nos ensina que força resultante e aceleração serão vetores sempre com a mesma direção e sentido.
    Unidades de força e massa no Sistema Internacional.
    Força - newton (N).
    Massa - quilograma (kg).

    A terceira Lei de Newton

    A terceira lei de Newton nos mostra como é a troca de forças quando dois corpos interagem entre si, seja essa interação por contato ou por campo. Segundo a terceira lei, se um corpo faz uma força em outro, imediatamente ele receberá desse outro corpo uma força de igual intensidade, igual direção e sentido oposto à força aplicada, como é mostrado na figura a seguir.
    Fonte: Uol Educação

    ESTUDOS DOS GASES PERFEITOS - 2° ANO DO ENSINO MÉDIO - FÍSICA

    Leis: Geral, Boyle, Gay-Lussac, Charles e Clayperon

    Os gases perfeitos obdecem a três leis bastante simples, que são a lei de Boyle, a lei de Gay-Lussac e a lei de Charles. Essas leis são formuladas segundo o comportamento de três grandezas que descrevem as propriedades dos gases: o volume, a pressão e a temperatura absoluta.

    A lei de Boyle

    Essa lei foi formulada pelo químico irlandês Robert Boyle (1627-1691) e descreve o comportamento do gás ideal quando se mantém sua temperatura constante (transformação isotérmica). Considere um recipiente com tampa móvel que contem certa quantidade de gás.

    Aplica-se lentamente uma força sobre essa tampa, pois desse modo não alteraremos a temperatura do gás.
    Observaremos um aumento de pressão junto com uma diminuição do volume do gás, ou seja, quando a temperatura do gás é mantida constante, pressão e volume são grandezas inversamente proporcionais. Essa é a lei de Boyle, que pode ser expressa matematicamente do seguinte modo:
    Onde k é uma constante que depende da temperatura, da massa e da natureza do gás. A transformação descrita é representada na figura a seguir em um diagrama de pressão por volume:


    Na matemática, essa curva é conhecida como hipérbole eqüilátera.

    A lei de Gay-Lussac

    A lei de Gay-Lussac nos mostra o comportamento de um gás quando é mantida a sua pressão constante e variam-se as outras duas grandezas: temperatura e volume. Para entendê-la, considere novamente um gás em um recipiente de tampa móvel. Dessa vez, nós aqueceremos o gás e deixaremos a tampa livre, como mostra a figura abaixo:


    Feito isso, veremos uma expansão do gás junto com o aumento de temperatura. O resultado será uma elevação da tampa e, consequentemente, um aumento de volume. Observe que a pressão sobre a tampa - nesse caso a pressão atmosférica - se mantém constante.


    A lei de Gay-Lussac diz que em uma transformação isobárica (pressão constante), temperatura e volume são grandezas diretamente proporcionais. Essa lei é expressa matematicamente da seguinte forma:


    Onde k é uma constante que depende da pressão, da massa e da natureza do gás.
    Em um gráfico do volume em função da temperatura, teremos o seguinte resultado:


    A lei de Charles

    Nos casos anteriores, mantivemos a temperatura do gás constante e depois a sua pressão. Agora manteremos o volume constante e analisaremos os resultados desse procedimento.

    Considere novamente o nosso recipiente de tampa móvel. Dessa vez travaremos a tampa, pois assim deixaremos o volume do gás constante. Após isso iniciaremos o seu aquecimento, como ilustra a figura abaixo.


    Ao sofrer esse aquecimento, o gás irá tentar se expandir, mas isso é algo que não ocorre pois a tampa está travada. O resultado será o aumento da pressão do gás sobre as paredes do recipiente.


    A lei de Charles descreve essa situação, ou seja, em uma transformação isométrica (volume constante), a pressão e a temperatura serão grandezas diretamente proporcionais. Matematicamente, a lei de Charles é expressa da seguinte forma:


    Onde k é uma constante que depende do volume, da massa e da natureza do gás.

    O gráfico da pressão em função da temperatura absoluta fica da seguinte forma:


    A Equação de Clapeyron

    Vimos através das três leis anteriores como um gás perfeito se comporta quando mantemos uma variável constante e variamos as outras duas. A equação de Clapeyron pode ser entendida como uma síntese dessas três leis, relacionando pressão, temperatura e volume.

    Em uma transformação isotérmica, pressão e volume são inversamente proporcionais e em uma transformação isométrica, pressão e temperatura são diretamente proporcionais. Dessas observações, podemos concluir que a pressão é diretamente proporcional à temperatura e inversamente proporcional ao volume.

    É importante também salientar que o número de moléculas influencia na pressão exercida pelo gás, ou seja, a pressão também depende diretamente da massa do gás. Considerando esses resultados, Paul Emile Clapeyron (1799-1844) estabeleceu uma relação entre as variáveis de estado com a seguinte expressão matemática:


    Onde n é o número de mols e R é a constante universal dos gases perfeitos. Essa constante pode assumir os seguintes valores: 


    A equação geral dos gases perfeitos

    Considere uma determinada quantidade de gás ideal confinado em um recipiente onde se pode variar a pressão, o volume e a temperatura, mas mantendo-se a massa constante, ou seja, sem alterar o número de mols.

    A partir da equação de Clapeyron, podemos estabelecer a seguinte relação:


    Como foi descrito o número de mols n e R são constantes. Conclui-se então:


    Isto é, se variarmos a pressão, o volume e a temperatura do gás com massa constante, a relação acima sempre dará o mesmo resultado.
    Temos o gás ideal em três estados diferentes, mas se estabelecermos a relação de pressão, volume e temperatura descritos na primeira equação, chega-se aos seguintes resultados.


    Observe que as três equações dão o mesmo resultado, o que significa que elas são iguais. Então, podemos obter a seguinte equação final:


    Essa relação é conhecida como a equação geral dos gases perfeitos.

    Fonte: Uol Educação



    CORRENTE ELÉTRICA E ESTUDO DOS RESISTORES - 3° ANO DO ENSINO MÉDIO - FÍSICA


    CORRENTE ELÉTRICA

    O movimento ordenado de elétrons em condutores

    Os aparelhos eletroeletrônicos que se encontram nas residências precisam de energia elétrica para o seu funcionamento. Tal energia é obtida quando eles são ligados em alguma fonte de energia, como uma pilha ou uma tomada. Quando isso é feito, algo invisível acontece. Elétrons livres, que se encontram nos meios condutores desses aparelhos, passam a se movimentar de maneira ordenada, transportando a energia elétrica necessária para o seu funcionamento. Esse movimento ordenado dos elétrons é conhecido como corrente elétrica e ela pode ocorrer nos condutores sólidos, como os metais, e em gases e líquidos ionizados. Vamos aprender um pouco mais sobre a corrente elétrica, discutindo a sua intensidade, sentido convencional e propriedades em geral.

    Criando uma corrente elétrica


    Para começar, um tipo de corrente mais comum, que é aquela produzida em fios condutores, que são aqueles feitos de metais, como por exemplo, o cobre. Os metais são bons condutores de eletricidade, pois possuem elétrons livres e quando esses materiais estão em equilíbrio, os elétrons se encontram em movimento desordenado, como mostra a figura abaixo:



    Para se obter uma corrente elétrica, é necessário criar um campo elétrico nesse condutor. Com esse campo elétrico, teremos diferentes níveis de energia potencial. Esses diferentes níveis de energia potencial provocarão algo que é conhecido como diferença de potencial (d.d.p.), ou simplesmente tensão elétrica. Essa diferença de potencial pode ser obtida ligando-se o condutor acima a uma pilha.

    Observe que a pilha possui um pólo positivo e um negativo. O pólo positivo possui um potencial maior, enquanto que o negativo possui um menor. O movimento dos elétrons será no sentido sempre do maior potencial, ou seja, do pólo positivo. A pilha tem a função de fonte de energia elétrica e também de manter a diferença de potencial, mantendo assim o movimento dos elétrons.


    Intensidade de corrente elétrica


    Considere uma secção no nosso fio condutor, onde podemos contar a quantidade de elétrons que passam por ela. Cada elétron possui uma quantidade de carga elétrica conhecida como carga elétrica elementar.

    Essa carga elétrica tem valor conhecido, e se multiplicarmos o valor da carga elétrica elementar pelo número de elétrons que passa pela secção teremos a quantidade total de carga elétrica.



    A carga elétrica no sistema internacional é medida em coulomb.

    A intensidade da corrente elétrica será maior quanto mais elétrons passarem pela secção, ou seja, quanto mais cargas passarem no menor intervalo de tempo. Por isso, define-se corrente elétrica como sendo a quantidade de carga elétrica dividida pelo tempo.




    A unidade de corrente elétrica no sistema internacional é o couloub por segundo, que é conhecido por ampère.

    Corrente iônica


    Até agora, falamos da corrente elétrica em meios sólidos para o entendimento desse conceito. Mas a corrente elétrica não é uma exclusividade dos meios sólidos, elas podem ocorrer nos gases e nos líquidos.

    Nesses casos, não são só os portadores de carga negativa que entram em movimento, mas os portadores de carga positiva: os íons também entram em movimento.

    Considere uma solução iônica onde são colocados dois eletrodos que estão ligados a uma bateria. Tal procedimento fará que um eletrodo adquira carga positiva, e outro, carga negativa.

    Com isso, teremos o movimento dos íons negativos e dos elétrons no sentido do eletrodo positivo, e os íons positivos no sentido do eletrodo negativo.


    No caso dos gases ionizados, o raciocínio é o mesmo, só que o meio em questão, como diz o próprio nome, é o meio gasoso. A intensidade da corrente elétrica também é determinada pela mesma equação apresentada acima, só que nesse caso a quantidade de carga elétrica será dada pela soma de cargas positivas e negativas.

    Sentido convencional da corrente elétrica


    O sentido da corrente elétrica é dado por uma convenção, que para muitos é um tanto estranha. Essa convenção diz que o sentido da corrente elétrica será o mesmo sentido de movimento das cargas positivas.

    Ela se torna estranha, pois sabemos que a corrente elétrica que mais aparece no nosso dia a dia é aquela em que os elétrons estão em movimento, e esses elétrons são de carga negativa. Por isso, em uma corrente de elétrons, o sentido convencional da corrente será de oposição ao movimento dos elétrons.



    Leis de Ohm


    Resistência elétrica, resistividade e leis de Ohm


    Como mostramos, a corrente elétrica consiste no movimento ordenado de elétrons é formada quando há uma diferença de potencial (ddp) em um fio condutor. E esse movimento no condutor fica sujeito a uma oposição que é conhecida como resistência elétrica.

    No inicio do século 19, o físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854) descobriu duas leis que determinam a resistência elétrica dos condutores. Essas leis, em alguns casos, também valem para os semicondutores e os isolantes.

    A primeira lei de Ohm


    Considere um fio feito de material condutor. As extremidades desse fio, são ligadas aos pólos de uma pilha, como mostra a figura abaixo. Desse modo, a pilha estabelece uma diferença de potencial no fio condutor e, conseqüentemente, uma corrente elétrica. Para se determinar o valor da corrente elétrica, coloca-se em série no circuito um amperímetro e, em paralelo, um voltímetro que permititrá a leitura da tensão. A montagem do circuito está ilustrada na figura abaixo:

    Com o circuito montado e funcionando, fazemos as medições de tensão e corrente através dos aparelhos instalados. Agora imagine que a diferença de potencial da pilha seja dobrada (podemos fazer isso ligando uma segunda pilha em série com a primeira). Como resultado dessa alteração, o voltímetro marcará o dobro da tensão anterior, e o amperímetro marcará o dobro de corrente elétrica. Se triplicarmos a diferença de potencial, triplicaremos a corrente elétrica. Isso quer dizer que a razão entre a diferença de potencial e a corrente elétrica tem um valor constante. Essa constante é simbolizada pela letra R.

    Se colocarmos a corrente elétrica (i) em evidência, podemos observar que, quanto maior o valor de R, menor será a corrente elétrica. Essa constante mostra a resistência que o material oferece à passagem de corrente elétrica.

    A primeira lei de Ohm estabelece que a razão entre a diferença de potencial e a corrente elétrica em um condutor é igual a resistência elétrica desse condutor. Vale salientar que a explicação foi desenvolvida tendo como base um condutor de resistência constante. É por isso que condutores desse tipo são chmados de condutores ôhmicos.

    A unidade de resistência elétrica no Sistema Internacional está exposta no quadro a seguir.



    Quadro a seguir com as fórmulas da Potência Elétrica. (próximo assunto)



    A segunda lei de Ohm


    A primeira lei de Ohm nos apresentou uma nova grandeza física, a resistência elétrica. A segunda lei de Ohm nos dirá de que fatores influenciam a resistência elétrica. De acordo com a segunda lei, a resistência depende da geometria do condutor (espessura e comprimento) e do material de que ele é feito. A resistência é diretamente proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional a área de secção (a espessura do condutor). Observe a figura abaixo.
    A figura apresenta a segunda lei de Ohm, onde L representa o comprimento do condutor e A é a área de sua secção reta. Essa equação mostra que se aumentarmos o comprimento do fio, aumentaremos a resistência elétrica, e que o aumento da área resultará na diminuição da resistência elétrica.

    O é a resistividade do condutor, que depende do material de que ele é feito e da sua temperatura.

    Fonte: Uol Educação