domingo, 18 de setembro de 2011

Número de Oxidação

Bom, pessoal, reparem na reação química abaixo, ela representa uma cena muito comum para todos nós:


Já conseguiu imaginar o que está acontecendo? Isso mesmo, o ferro virou ferrugem! O ferro aquecido, em contato com o oxigênio, sofre um tipo de reação de oxidorredução e produz o óxido de ferro III, também chamado óxido ferroso ou óxido férrico e popularmente conhecido como ferrugem (há também o óxido de ferro II, FeO, não muito comum de se encontrar na natureza).

Nas indústrias, o óxido de ferro é levado ao auto-forno, juntamente com o coque siderúrgico, para se obter o Fe puro novamente. Esse processo pode ser representado genericamente pela seguinte reação:

Mas o que devemos notar nesta reação é que nela acontece uma transferência de elétrons. Para entender como isso ocorre, devemos antes compreender o conceito de Nox, em outras palavras, devemos saber encontrar o número de oxidação de cada elemento.

Antes de falar de número de oxidação, será necessário que você se lembre da diferença entre os compostos iônicos e os moleculares.

Hora de Recordar!


Você já viu que a condição mais estável para um elemento é ter 8 elétrons na sua última camada (camada de valência). Sabe também que pouquíssimos elementos estão nessa situação (os gases nobres). Assim como nós, humanos, os elementos também procuram a estabilidade, e é essa busca que leva os elementos a se unirem uns aos outros. Tal união pode ser do tipo iônica ou do tipo molecular. Na ligação iônica há uma “doação” de elétrons. Os átomos que têm de 1 a 3 elétrons na camada de valência (metais) tendem a perder esses elétrons, tornando-se partículas carregadas positivamente (cátions). Por outro lado, os átomos que têm mais de 4 elétrons na camada de valência (não-metais) são fortemente eletronegativos, apresentando tendência para receber elétrons, ficando carregados negativamente (ânions).

Mas quando a diferença de eletronegatividade entre dois átomos que formam a ligação não for grande, eles se ligarão pelo “compartilhamento” de alguns dos seus elétrons da camada de valência. Esta ligação é chamada covalente e é do tipo molecular.

Agora que você já se lembrou da diferença entre as ligações iônicas e as covalentes, voltemos ao número de oxidação.

De modo geral, definimos o Nox como sendo uma carga real ou virtual que um átomo apresenta dentro de uma estrutura química.

Se na ligação iônica a quantidade de elétrons doados é sempre igual à quantidade de elétrons que o elemento possui na sua última camada, e o que recebe, recebe sempre a quantidade necessária para completar sua camada de valência, podemos concluir que nos compostos iônicos o número de oxidação (Nox) corresponde à carga elétrica do íon*, representando, portanto, sua CARGA REAL.

Exemplos:


FeCl3 (carga do íon ferro é +3 e do íon cloreto é -1, portanto, Nox do Fe = +3 e Nox do Cl = -1).
NaCl (carga do íon sódio é +1 e do íon cloreto é -1, portanto, Nox do Na = +1 e Nox do Cl = -1).
CaS (carga do íon cálcio é +2 e do íon enxofre é -2, portanto, Nox do Ca = +2 e Nox do S = -2).

Nas ligações covalentes, como as ligações ocorrem por meio de compartilhamento de elétrons, não há íons. Nesse tipo de ligação, ninguém perde nem recebe elétrons, mas estes são compartilhados por ambos. Dessa forma, o Nox desses elementos seria uma CARGA IMAGINÁRIA que o átomo teria se os elétrons de ligação fossem contados para o elemento mais eletronegativo.



Exemplos

Neste exemplo, temos o Carbono e o Hidrogênio. Pela tabela de eletronegatividade acima, sabemos que o Carbono é mais eletronegativo que o Hidrogênio. Devido a isso, os elétrons compartilhados devem ser contados para ele. É por isso que o Carbono recebe 4 elétrons (Nox = -4) e o Hidrogênio perde 1 elétron (Nox = +1).


Neste segundo exemplo, temos três elementos: carbono, hidrogênio e cloro, sendo o cloro mais eletronegativo que o carbono e o carbono mais eletronegativo que o hidrogênio. Últimos da fila, os três hidrogênios vão perder 1 elétron cada (Nox = +1) e estes serão recebidos pelo carbono, que, por sua vez, cederá 1 desses elétrons para o cloro, ficando com 2 deles (Nox = +2). O cloro, por ter recebido um elétron do carbono, fica com 1 a mais (Nox = -1).


Aqui, a relação é a mesma do exemplo anterior. O hidrogênio perde um elétron (Nox = +1) e o carbono os recebe. Porém, como há dois cloros, os elétrons recebidos serão doados cada um a um cloro, ficando o carbono com nenhum elétron (Nox = 0) e os cloros com 1elétron cada (Nox = -1).


Neste exemplo, há apenas um hidrogênio. O carbono recebe, portanto, 1 elétron. Mas logo o perde para um dos cloros. Contudo, há mais 2 cloros que recebem 1 elétron cada do carbono. Assim, o hidrogênio perde 1 elétron (Nox = +1), o carbono perde 2 elétrons (Nox = +2) e os três cloros recebem um elétron cada (Nox = -1).


Aqui temos quatro cloros. Sabendo que o cloro é mais eletronegativo que o carbono, temos que contar os elétrons para ele. Sendo assim, cada cloro receberá um elétron do carbono (Nox = -1), e este, por sua vez, perderá quatro elétrons, atingindo seu número de oxidação máximo (Nox = +4).


REGRAS PRÁTICAS PARA O CÁLCULO DO NOX

Em substâncias compostas alguns elementos possuem Nox fixo. Para identificá-los podemos recorrer à famosa tabela periódica!

Nos compostos, os metais alcalinos (Li, Na, K, Rb, Cs, Fr) e a Ag têm Nox +1. Isso se explica porque tais elementos apresentam 1 elétron na camada de valência. Se você der uma olhadinha no tópico anterior vai ver que devido a isso ele terá tendência, em uma ligação, em perder um elétron, ficando, portanto, com carga +1.

Os metais alcalinoterrosos (Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra) e o Zn, nos compostos, têm Nox +2, pois possuem dois elétrons na camada de valência, apresentando tendência em perdê-los.

Nos compostos, o Alumínio possui nox +3.

O Hidrogênio, nos compostos, geralmente tem nox +1. Mas, nos hidretos metálicos* (quando combinado com metal), apresenta nox -1

*Hidreto metálico: composto binário no qual temos metal ligado a hidrogênio.

O Oxigênio, nos compostos, têm nox -2. Já nos peróxidos, apresenta nox -1.

*Somente no O2F2 seu nox será +1 e somente no OF2, será +2.

Os Alogênios (F, Cl, Br e I) têm nox -1.

· Em um composto, a somatória de todos os seus números de oxidação é ZERO.
· Nas substâncias simples, os átomos têm nox ZERO, porque sozinhos eles estão em equilíbrio estático. Ex.: Fe (nox 0), Na (nox 0), H2 (nox 0), O3 (nox 0).
· Os átomos dos elementos, quando não estão combinados, apresentam nox ZERO.

Nos íons: A soma do nox dos componentes de um íon é igual à carga elétrica do íon.

Exemplo:

O íon SO4 tem nox -2, qual será o nox de cada um dos seus componentes?
Bom, o nox do oxigênio é fixo (-2), já o nox do enxofre é desconhecido. Sendo assim, é só chamar o nox do enxofre de “x” e somá-lo com o nox do oxigênio, o resultado deve ser -2.

Nox S = x

Nox O = -2 (como temos 4 átomos de oxigênio, então reteremos carga igual a 4 x -2, ou seja, -8).

Portanto: x + (-8) = -2 ® x = +6

Fonte: Efeito Joule

Vestibulário




Óptica Geométrica - 2ºanos

A Óptica Geométrica estuda a propagação da luz nos diferentes meios e os fenômenos que dela decorrem: a reflexão e a refração. Este estudo é feito a partir da noção de raio de luz e de princípios fundamentais.

Raios de luz. Feixe de luz

Para representar que a luz emitida pela chama de uma vela atinge a vista de um observador, utilizamos linhas orientadas que fornecem a direção e o sentido de propagação da luz. Tais linhas são chamadas raios de luz.

Um conjunto de raios de luz é chamado feixe de luz. Este pode ser convergente, divergente ou de raios paralelos.

Meios transparentes, translúcidos e opacos

Os meios através dos quais os objetos podem ser vistos nitidamente são chamados transparentes. Ao atravessar um meio transparente a luz percorre trajetórias regulares e bem definidas. O ar atmosférico existente numa sala e a água em camadas pouco espessas, são exemplos de meios transparentes.

Os meios através dos quais os objetos não podem ser vistos nitidamente são chamados translúcidos. O papel de seda e o vidro fosco são exemplos de meios translúcidos. Ao atravessar um meio translúcido a luz percorre trajetórias irregulares e indefinidas.

Os meios que não permitem que a luz os atravesse são chamados opacos. É o caso de uma parede de concreto.

Observação: Um meio é homogêneo quando apresenta as mesmas propriedades em todos os seus pontos.

A velocidade de propagação da luz

Todas as luzes, monocromáticas (isto é, luzes de uma só cor) ou policromáticas (luzes constituídas pela superposição de luzes de cores diferentes, como a luz solar branca) propagam-se no vácuo com a mesma velocidade que é aproximadamente igual a 3,0.10(5) km/s.

Nos meios materiais homogêneos e transparentes a velocidade de propagação da luz é menor que no vácuo e seu valor depende da cor da luz que se propaga. Num meio material, a luz monocromática vermelha apresenta a maior velocidade de propagação e a violeta, a menor. As luzes das demais cores apresentam velocidades de propagação intermediárias. Na ordem decrescente de velocidade: luz vermelha, alaranjada, amarela, verde azul, anil e violeta.

Ano-Luz

Um ano-luz é a distância que a luz percorre no vácuo durante um ano terrestre. Vamos transformar em quilômetros o comprimento equivalente a um ano-luz.

Sendo c = 3,0.105 km/s a velocidade de propagação da luz no vácuo e  Δt = 1 ano terrestre = 365,2 dias = 365,2.24.3600 s ≈ 3,16.107 s,  de d = c.Δt, vem:

1 ano-luz = 3,0.105 km/s.3,16.107 s
1 ano-luz ≈ 9,5.1012 km

Princípios da Óptica Geométrica

a) Princípio da propagação retilínea

Nos meios homogêneos e transparentes a luz se propaga em linha reta.

b) Princípio da independência dos raios de luz

Quando raios de luz se cruzam, cada um segue sua propagação como se os outros não existissem.

Observações: As leis da reflexão e refração são consideradas princípios no estudo da Óptica Geométrica .
Como decorrência dos princípios anteriores, podemos enunciar a reversibilidade da luz:

A trajetória seguida pela luz, não depende do sentido de propagação.

Exercícios básicos

Exercício 1:

Analise as afirmações abaixo e indique as corretas:

a) O ar atmosférico de uma sala é um meio transparente.
b) A água em camadas espessas é um meio transparente.
c) O vidro fosco é um meio translúcido.
d) A atmosfera terrestre, cuja densidade diminui com o aumento da altitude, é um meio homogêneo.
e) Nos meios transparentes e translúcidos a luz se propaga em linha reta.

Exercício 2:

Um ano-luz tem a dimensão de:

a) tempo;
b) velocidade;
c) aceleração;
d) comprimento;
e) energia.

Exercício 3:

Uma estrela está situada a 4 anos-luz da Terra.

Qual a distância entre a estrela e a Terra em quilômetros?

Exercício 4:

O holofote A ilumina o artista situado no lado direito. Desliga-se A e liga-se o holofote B iluminando o artista situado no lado esquerdo. A seguir, ligam-se os dois holofotes e os feixes se cruzam. Os artistas ficam iluminados? Em que princípio da Óptica Geométrica você baseou sua resposta?

Exercício 5:

Tem-se uma associação de espelhos planos. Um raio de luz incide no espelho E1 e segue a trajetória ABCD, emergindo do espelho E2.

Represente a trajetória da luz que incide no espelho E2, segundo o raio DC. Em que fato da Óptica Geométrica você baseou sua resposta?


Fonte: Borges e Nicolau

domingo, 4 de setembro de 2011

Trabalhos sobre Geradores e Condutores Elétricos

Mais fotos dos trabalhos apresentados pelos alunos dos 3º anos da Escola de Educação Básica Profª Claurinice Vieira Caldeira, que foi apresentado no dia 26 de Agosto de 2011.














sábado, 3 de setembro de 2011

Ganhadores do Premio Nobel de Física

1911
Wilhelm Wien – "pela descoberta de leis a respeito da radiação térmica".

Um corpo em qualquer temperatura emite energia que é chamada radiação térmica. Na temperatura ambiente a radiação emitida está na faixa do infravermelho. Elevando-se a temperatura, se o corpo começa a brilhar, sua coloração será vermelha. Em temperaturas adequadamente elevadas, apresenta–se branco.
Para o estudo das radiações emitidas foi idealizado um corpo, denominado corpo negro. É um corpo que absorve toda radiação que nele incide, isto é, sua absorvidade é igual a 1         (a = 1) e sua refletividade é nula (r = 0), decorrendo deste último fato seu nome. Mas todo bom absorvedor é bom emissor. Logo, o corpo negro é também um emissor ideal. Sua emissividade é igual a 1 (e = 1).

Na figura apresentamos dados experimentais relacionando a intensidade da radiação emitida por um corpo negro em função do comprimento de onda, a uma dada temperatura.

Repetindo-se a mesma experiência para temperaturas diferentes, obtêm-se os resultados:


Em 1893 Wien mostrou que com o aumento da temperatura o pico da distribuição desloca-se para comprimentos de onda menores. Descobriu que este deslocamento obedece a seguinte relação, conhecida hoje como Lei do Deslocamento de Wien:

λImáx.T = 2,898.10-3 m.K

Esta lei explica a variação de cor da radiação emitida em função da temperatura.

Os estudos realizados por Wien, a respeito da radiação térmica, contribuíram para que Max Planck desenvolvesse a Teoria Quântica – a teoria física dos fenômenos microscópicos.

Em 1911, Wilhelm Wien, cujo nome completo era Wilhelm Carl Werner Otto Fritz Franz Wien, foi distinguido com o premio Nobel de Física.

Fonte: Borges e Nicolau